domingo, 24 de junho de 2012

Paulo Freire : Um Exemplo de Educador.

Por Schirlei Moraes




Acho que qualquer pessoa que estude sobre a história da Educação no Brasil não tem como deixar de admirar esse grande homem. Ele foi um educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de ensino.

Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação e as suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários.

A obra de Paulo incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.

Eu teria muita coisa para falar dele aqui, mas isso levaria muitas e muita linhas. Só sei que não é à toa que eu cito alguns de seus pensamentos sobre Leitura de Mundo no meu trabalho de conclusão da Faculdade e uso um pensamento seu na epígrafe... Minha epígrafe ficou “pequenininha”. (risos) Mas, não tinha como ser outra... Combinava perfeitamente com o tema do trabalho. Colocarei aqui, no final desta post. É Lindo!!  Fico arrepiada!! = )



Vale a pena conhecer a história de Paulo Freire!





“Se adestram animais, se cultivam plantas e se educam os seres humanos... Poderíamos dizer que o cultivo, o adestramento, a educação passam pela vida.

Na história da experiência de viver que caracteriza a experiência de outros animais, das árvores e da experiência humana, nós, homens e mulheres, fomos os únicos capazes de inventar a existência.

O momento que a vida foi virando existência se situaria precisamente quando a vida se soube vida: quer dizer, quando o ser vivo, virando ser existente, se soube vivendo e foi capaz de pensando, falar o pensamento preso ao concreto e ao real. Nesse momento, a vida não apenas se soube vida, mas soube que sabia. Aí começa a possibilidade da distorção e da deterioração da vida que possibilitou a existência.

A invenção da existência deu-nos a possibilidade de estarmos não apenas no mundo, mas com o mundo. Eu posso mudar o mundo e é fazendo isso que eu me refaço. É mudando o mundo que eu me transformo também.

Homens e mulheres inventam a história que eles e elas criam e fazem. E é exatamente a história e a cultura que homens e mulheres criam e fazem, a cultura alongando-se sobre a história, a história voltando-se sobre a cultura, que gera a necessidade de educar. A educação nasce na relação entre a cultura e a história, dentro da cultura e da história. Por isso não se faz educação sobre a cabeça de ninguém: se faz educação no contexto histórico, no contexto cultural.

É por isso também que ela não pode ser neutra: não há, nunca houve, nem vai haver neutralidade educacional. Uma das conseqüências da invenção da existência foi a impossibilidade da neutralidade na criação.

Nós temos de colocar a existência decentemente frente a vida, em sua dialeticidade, de tal maneira que a existência não mate a vida e que a vida não pretenda acabar com a existência, para se defender dos riscos que a existência lhe impõe. Isso para mim faz parte dessa briga pelo verde.

Lutar pelo verde, tendo certeza de que sem o homem e a mulher o verde não tem cor”.

                                                                             (Paulo Freire)        



                                                                  


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