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domingo, 24 de junho de 2012

Paulo Freire : Um Exemplo de Educador.

Por Schirlei Moraes




Acho que qualquer pessoa que estude sobre a história da Educação no Brasil não tem como deixar de admirar esse grande homem. Ele foi um educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de ensino.

Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação e as suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários.

A obra de Paulo incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.

Eu teria muita coisa para falar dele aqui, mas isso levaria muitas e muita linhas. Só sei que não é à toa que eu cito alguns de seus pensamentos sobre Leitura de Mundo no meu trabalho de conclusão da Faculdade e uso um pensamento seu na epígrafe... Minha epígrafe ficou “pequenininha”. (risos) Mas, não tinha como ser outra... Combinava perfeitamente com o tema do trabalho. Colocarei aqui, no final desta post. É Lindo!!  Fico arrepiada!! = )



Vale a pena conhecer a história de Paulo Freire!





“Se adestram animais, se cultivam plantas e se educam os seres humanos... Poderíamos dizer que o cultivo, o adestramento, a educação passam pela vida.

Na história da experiência de viver que caracteriza a experiência de outros animais, das árvores e da experiência humana, nós, homens e mulheres, fomos os únicos capazes de inventar a existência.

O momento que a vida foi virando existência se situaria precisamente quando a vida se soube vida: quer dizer, quando o ser vivo, virando ser existente, se soube vivendo e foi capaz de pensando, falar o pensamento preso ao concreto e ao real. Nesse momento, a vida não apenas se soube vida, mas soube que sabia. Aí começa a possibilidade da distorção e da deterioração da vida que possibilitou a existência.

A invenção da existência deu-nos a possibilidade de estarmos não apenas no mundo, mas com o mundo. Eu posso mudar o mundo e é fazendo isso que eu me refaço. É mudando o mundo que eu me transformo também.

Homens e mulheres inventam a história que eles e elas criam e fazem. E é exatamente a história e a cultura que homens e mulheres criam e fazem, a cultura alongando-se sobre a história, a história voltando-se sobre a cultura, que gera a necessidade de educar. A educação nasce na relação entre a cultura e a história, dentro da cultura e da história. Por isso não se faz educação sobre a cabeça de ninguém: se faz educação no contexto histórico, no contexto cultural.

É por isso também que ela não pode ser neutra: não há, nunca houve, nem vai haver neutralidade educacional. Uma das conseqüências da invenção da existência foi a impossibilidade da neutralidade na criação.

Nós temos de colocar a existência decentemente frente a vida, em sua dialeticidade, de tal maneira que a existência não mate a vida e que a vida não pretenda acabar com a existência, para se defender dos riscos que a existência lhe impõe. Isso para mim faz parte dessa briga pelo verde.

Lutar pelo verde, tendo certeza de que sem o homem e a mulher o verde não tem cor”.

                                                                             (Paulo Freire)        



                                                                  


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Estúpida Vaidade ...

Por Schirlei Moraes






Estúpida Vaidade: O uso de peles de animais como acessórios de moda. Esse será um tema que ainda vou bater várias e várias vezes na mesma tecla. Por isso, aguardem novas postagens sobre o assunto.

E antes que alguém me chame de hipócrita, dizendo: “Tá... Mas você não usa couro de vaca em seus calçados e bolsas?”. Não, queridos... Não uso. Posso já ter usado, quando ainda ignorava o problema. Agora, tenho consciência que existem outras possibilidades.

Temos materiais alternativos que imitam tão bem os artigos de origem animal. Então, porque não aderi-los?? Minhas botas e bolsas são feitas de material sintético.  Peles... Pra que você vai querer um casaco de pele?? Para ostentar luxo, poder, status?? Ou simplesmente mau gosto e crueldade??

De qualquer forma, se desejar ter algo semelhante em seu guarda-roupa, procure comprar casados de pelúcia que são ótimos substitutos para a pelagem animal. Milhares de bichinhos inocentes agradecem!! =D

A mensagem que quero passar aqui não é de uma “eco chata” tentando convencer as pessoas a adotarem suas ideologias, querendo estar acima da verdade, do que é certo ou errado. Simplesmente quero mostrar que existem possibilidades de estarmos bem vestidos sem a necessidade de pactuar com o sofrimento de outros seres. Grandes estilistas como a renomeada Stella McCartney e Victor Dzenk são adeptos da moda sustentável. Seja um novo adepto também!

Pense nisso!! =D


Clique na Imagem Para uma Melhor Visualização




sábado, 2 de junho de 2012

Homem Contra Natureza ...

Por Schirlei Moraes







Certa vez, quando estava no colegial, uma professora de inglês tinha passado um texto para que a turma fizesse uma tradução.

Como sempre gostei de assuntos relacionados à ecologia, meio ambiente, educação ambiental, achei o texto interessante e resolvi guarda-lo.

Hoje, mexendo em algumas papeladas, encontrei o texto e resolvi compartilha-lo no blog. O mais engraçado de tudo é ver como este texto é atual, mesmo passado 16 anos.

Ou seja: O tempo passa e o Ser Humano continua teimando em não aprender... Infelizmente.



Homem Contra Natureza




Nós vivemos neste planeta por cortesia  da natureza . Plantas e árvores protegem o solo da erosão, ajudam a manter o clima e ajudam a controlar o dióxido de carbono na atmosfera . Plantas e árvores dão muito ao homem : comida, remédios e materiais que usamos todo dia. Nós precisamos de plantas e árvores para a vida na Terra.


Mas todo minuto, quase 200 quilômetros quadrados de floresta pluvial, três vezes o tamanho da suíça, são destruídos todo ano. E na floresta amazônica, pessoas desonestas e ignorantes põem à baixo milhões de árvores e enormes áreas de agricultura de larga escala . Mas os solos da bacia do rio  Amazonas não são  bons para a agricultura intensiva . A maioria dos nutrientes estão nas árvores e não no solo . Então quando a floresta vai, os nutrientes no sistema vão também, e o solo se torna muito, muito pobre. Depois que a floresta vai somente um deserto permanece, a destruição de nossa floresta é um problema urgente.


Nós temos uma consciência ecológica no Brasil ? A floresta Amazônica terá um futuro?


 Confira também a post Amazônia : Será a Próxima Guerra?











terça-feira, 1 de maio de 2012

Chegará o Tempo ...

Por Schirlei Moraes






Ontem li uma notícia no Facebook que me deixou emocionada. Falava a respeito da grande iniciativa que um grupo de pessoas realizou na Itália para salvar cães que estavam destinados a viverem como cobaias de uma empresa famosa do país.

Infelizmente, “fábrica de cobaias” ainda é algo muito recorrente. Diariamente seres inocentes são torturados por meio dos testes mais absurdos e desumanos, ceifando milhares de vidas.

Espero que, um dia, o Ser Humano aprenda a respeitar a vida em todas as suas mais diversificadas manifestações. Não somos melhores que outros seres para subjuga-los. Todos nós somos feitos de carne, ossos, sangue, espírito e coração. Pertencemos a mesma “grande casa”, o planeta Terra. Por isso, deveríamos aprender a viver não como seres dominantes, mas como parte de uma só criação.

Pois, como já disse o grande Leonardo Da Vinci:

“Chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal. E, nesse dia,  todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade.



  
Em Momento Histórico, mais de Mil Italianos Invadem
 Criadouro e Salvam Beagles de Testes!





Não foi meia dúzia de ativistas mascarados, foi a sociedade inteira.

O que aconteceu neste sábado (28/04/12) na Itália mostra que os testes em animai...s não têm mais espaço no tempo de informação em que vivemos. Mais de mil pessoas participaram de uma enorme manifestação contra a empresa Green Hill, um criadouro multinacional que “fabrica” animais para testes em laboratórios ao redor do mundo.
A luz do dia, donas de casa e ativistas corriam abraçados aos animais
A multidão andou pelas ruas gritando e protestando contra a Green Hill e, quando chegou em frente ao criadouro de cães, simplesmente não parou. As pessoas ignoraram todos os avisos de propriedade privada e continuaram andando, escalando alambrados e cortando os arames farpados.

Aos poucos, filhotes, fêmeas esperando filhotinhos e cães maiores iam passando de mão em mão para uma nova vida, longe dos horrores dos laboratórios de testes. Ativistas e donas de casa corriam abraçados aos animais enquanto a polícia tentava dispersar a multidão.


Resultado




No fim do dia, 12 pessoas estavam presas e mais de 40 beagles estavam a salvo.

Estima-se que existam mais de 2.500 beagles no criadouro da Green Hill, mas esta ação deixou bem claro que a sociedade italiana não vai mais tolerar a presença desta empresa que vive da tortura de animais em suas terras.


domingo, 8 de abril de 2012

Páscoa ... Onde entra o Coelhinho nessa História???

Por Schirlei Moraes






É chegada a Páscoa, um evento religioso cristão onde é celebrada a Ressurreição de Jesus Cristo depois de sua morte por crucificação.

Até aí a grande maioria das pessoas já conhece essa explicação. Agora, você saberia me explicar onde entra o Coelhinho nessa história???

Segundo o site Sua Pesquisa, a figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII e  representa a fertilidade.

Por acaso, se acabou de aparecer um ponto de interrogação em sua mente, acompanhado da seguinte questão: “ Mas o que a fertilidade tem a ver com os significados religiosos da Páscoa?” , eu já vou lhe explicar....

Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida. Como sabemos, o coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.

Contei um pouco os fatos históricos que relacionam a imagem do coelho as festas de Páscoa para abordar um assunto relevante para ser refletido nessa época do ano: A compra inconsequente de animais.





Muito pais resolvem presentear seus filhos com coelhos de estimação, esquecendo-se que eles são seres vivos e que necessitam de cuidados específicos como qualquer outro animal.

O resultado dessa compra impulsiva é o grande número de coelhos abandonados em praças, parques e pet shops. E, infelizmente, essa situação não é exclusiva do Brasil: De acordo com o portal R7, na Holanda, por exemplo, existem asilos para coelhos abandonados, e muitos chegam bem machucados porque não foram tratados da forma adequada.

A realidade é que grande maioria das pessoas não estão preparadas  e – o que é mais importante – disponíveis para toda a responsabilidade que isso acarreta.

Ter um bichinho em casa é algo que preenche o ambiente com amor, carinho e alegria. Coelhos, cães, gatos não são objetos para servirem como opção de presente. São seres que possuem suas necessidades e precisam de atenção constante como eternas crianças.

Se pretender levar um animalzinho para sua casa, não compre... Adote! Adote de forma pensada, com a consciência de que não são descartáveis.  Adotar é um gesto de amor e, mas também que seja de prudência.

Uma doce Páscoa para todos com muitos chocolates e coelhos ...  De pelúcia. = )






P.S.: Para quem quiser conhecer mais a história da Páscoa, recomendo uma visita no site http://www.suapesquisa.com/historia_da_pascoa.htm .

E recomendo também uma visita ao portal R7, onde é possivel encontrar uma matéria onde é abordado a mesma temática:


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Amazônia ... Será A Próxima Guerra??

Por Schirlei Moraes

Amazônia : O Coração Verde do Mundo ...


Algum tempo atrás, recebi em meu e-mail pessoal uma mensagem encaminhada pelo amigo  Sérgio Russo (escritor que citei em minha post “Realismo Fantástico” ) que achei muito interessante, porém muito preocupante que fala sobre nossa Amazônia.
Será que ainda podemos dizer “nossa” Amazônia? Depois de ler este relato, tenho minhas dúvidas...

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.


“As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro.
Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo. Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando-se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil que liga Boa Vista a Manaus, (cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Detalhe II: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas.
É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc, medicinais, ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar \'royalties\' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia.
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: 'É; os americanos vão acabar tomando a Amazônia" - e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão, não, minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas.
Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivos de combater o narcotráfico.

Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático).

Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares. Pergunto inocentemente às pessoas; 'Porque os americanos querem tanto proteger os índios?'
A resposta é absolutamente a mesma; porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de Socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É pessoal, saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.
Um grande abraço a todos. Será que podemos fazer alguma coisa? Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.
Patog. FMRP - USP “


Achei importante compartilhar esta mensagem na post, pois precisamos ter consciência de uma realidade camuflada por uma política inescrupulosa e mascarada. Afinal, o objetivo deste texto é revelar uma verdade ao mundo a fim de antecipar o que pode ser uma próxima guerra...


... Esconde o lado mais negro do Brasil. Desmatamentos absurdos, tráfico
de animais e exportação ilegal de plantas são apenas alguns dos
problemas que ainda teremos que enfrentar...

 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Reflexões sobre o Projeto TAMAR de Ubatuba ...

Por Schirlei Moraes





E, finalmente, para encerrar com chave de ouro a narrativa sobre minha viagem de réveillon à Ubatuba, colocarei agora meus comentários sobre o famoso Projeto TAMAR.
Como explica no próprio site oficial (http://www.projetotamar.com.br/), o Projeto Tartarugas Marinhas - TAMAR foi criado em 1980 para proteger da extinção as cinco espécies de tartarugas que utilizam o litoral brasileiro para se alimentar e se reproduzir.
Segundo o site, desde 1991, o TAMAR vem atuando em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, desenvolvendo o programa de proteção das espécies em áreas de alimentação, com atividades voltadas à educação ambiental, pesquisa científica e ações sociais e comunitárias envolvendo os moradores locais.

Como já havia comentado na primeira parte da narrativa sobre Ubatuba, fiquei desapontada com o TAMAR... Tinha outra idéia do Projeto. Com o apoio voluntário dos pescadores, a ONG alega que já foram salvas e marcadas mais de 5 mil tartarugas marinhas presas em redes de pesca e , por essa razão, acreditava que o foco principal do TAMAR era recuperar animais marinhos feridos, perdidos e devolve-los ao seu habitat natural. Mas o que presenciei foram animais que são criados em cativeiro, em minúsculos tanques de água até o final de suas vidas. Um triste fim para animais tão belos que possuem o instinto natural de procurar as águas do mar como lar e encontraram em Ubatuba um cárcere privado.









Expondo novamente meu ponto de vista, uma coisa é você resgatar e tratar animais debilitados MAS devolve-los ao seu habitat natural, assim que possível. Outra coisa é usar a conservação ambiental como um argumento para manter esses seres aprisionados para o divertimento da população e proveito capitalista, pois, apesar de se apresentarem como uma organização não governamental sem fins lucrativos, eles lucram com aquela loja de souvenirs caros e tenho minhas dúvidas se a renda realmente é aplicada em benefício dos animais aprisionados.

De qualquer forma, pude conferir a base do Tamar que, além dos tanques e aquários onde estão expostos exemplares vivos de quatro espécies de tartarugas marinhas, o Centro de Visitantes conta com réplicas e silhuetas em tamanho natural, (não imaginava que existissem tartarugas marinhas tão grandes! Existe uma espécie que chega alcançar 2 metros e 70 cm de comprimento!! Simplesmente surreal!!) painéis fotográficos, museu com peças biológicas (que dó dos pequenos fetos expostos em vidros em uma das salas do museu), auditório para exibição de vídeos educativos, sala de recreação infantil e tendo como destaque o aquário com praia artificial e visor panorâmico, onde o visitante pode observar as tartarugas submersas. Este famoso aquário seria o último paradeiro que as tartarugas confinadas encontram após chegarem ao seu tamanho máximo. Um verdadeiro paraíso após anos confinadas em minúsculos tanques onde ficam nadando o dia inteiro em círculos de forma repetitiva e exaustiva.













Ainda tentarei entrar em contato com os responsáveis pelo TAMAR pois não consigo acreditar que um projeto reconhecido nacionalmente, em especial essa sede de Ubatuba que é uma das mais importantes bases de pesquisa e conservação no Brasil, se resuma apenas a uma prisão alternativa para estudos e entretenimento.




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Vitrine Viva ... É o Aquário de Ubatuba!

Por Schirlei Moraes



Dando continuidade ao meu texto sobre Ubatuba, aproveitei a véspera do réveillon para fazer uma visita ao famoso Aquário da cidade. Apesar de não apreciar a idéia de ver animais presos para o entretenimento humano, quis conferir o local pelo lado da pesquisa, das informações sobre a vida marinha que são fornecidas aos visitantes.

No Aquário de Ubatuba pude conferir o quão grandioso é o número de espécimes da vida marinha, mostrando que o Brasil está entre os países que possuem maior biodiversidade, sendo o primeiro em número de peixes de água doce.
Foram muitos os aquários que eu pude conferir. Vi desde piranhas, lagostas, polvos, iguanas, jacarés, moréias (minha irmã ficou encantada com a moréia... acho que só dela batemos umas 4 fotos... – risos), cavalos-marinhos e os mais variados tipos de peixes.  É incrível como a biologia marinha é fascinante!  É um mundo dentro de um outro mundo repleto de seres extraordinários.










 
Tive a oportunidade de tocar uma estrela-do-mar, um ouriço, um “pepino marinho” (?? – risos)... Pude ver de pertinho os pedaços dos ossos de uma baleia. São tão grandes que, ao vê-los no primeiro instante, tive a impressão que eram uma grande pedra esculpida... (risos)




Porém, nem tudo no local transmitiu beleza e serenidade. O Aquário de Ubatuba reservou um espaço fechado para abrigar alguns pingüins que foram resgatados pelo Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha. Os visitantes ficam aglomerados, aguardando momento em que as biólogas vão alimentar as aves aquáticas, uma grande diversão para as crianças. Só que eu não achei nada divertido ver esta cena...




Por acaso, você já assistiu aquela animação intitulada comoHappy Feet” produzido pela Village Roadshow Pictures e lançado pela Warner Bros onde conta a história de Mumble (ou Mano, no Brasil), um pinguim sapateador? Existe uma cena onde o pinguizinho é capturado pelos humanos e preso num aquário que tenta reproduzir seu habitat natural num frio e pequeno cativeiro. Ao visitar o espaço reservados aos pingüins no Aquário de Ubatuba, automaticamente recordei-me desta triste parte do filme.



Uma coisa é você resgatar e tratar animais debilitados MAS devolve-los ao seu habitat natural, assim que possível. Outra coisa é usar a conservação ambiental como um argumento para  manter esses seres aprisionados para o divertimento da população e proveito capitalista pois, apesar de se apresentarem como uma organização não governamental sem fins lucrativos, eles lucram com aquelas pelúcias caras em forma de morsas e golfinhos e tenho minhas dúvidas se a renda realmente é aplicada em benefício dos animais aprisionados.



Além desses "pequenos grandes detalhes", como eu já havia comentado na minha post anterior, o Aquário de Ubatuba fica localizado ao lado de um córrego, o que contradiz totalmente com sua proposta de Educação Ambiental



Mas, falando sobre essa questão da Educação Ambiental, fiquei abismada quando vi uma seção reservada apenas para deixar amostrar o lixo encontrado no mar. São todos os tipos de objeto que você possa imaginar desde garrafas, pneus e até mesmo cadeira de praia, carrinho de feira (??? até agora não entendo como isso foi para no mar...) e diversos brinquedos, como um boneco horroroso do Fofão (se quando eu era criança já tinha medo do Fofão, imagina agora depois de ver esse “ser” com a cara da menina do Exorcista... Acho que vou ter pesadelos à noite!! RsRsRs)






Todos sabemos que essa enorme quantidade de lixo depositada nas águas do mar é prejudicial ao meio ambiente. Só que foi bem mais impactante ver até que ponto esses detritos interferem na biologia marinha, como foi o caso de um aquário onde está exposto  um peixe espada empalhado que foi encontrado morto por pescadores. Detalhe: A causa de sua morte foi fome... Ele morreu de fome porque prendeu o seu bico num carretel de linha. Simplesmente lamentável...




 Apesar de triste, acho importante ter uma seção como essa para conscientizar as pessoas e , principalmente, educar as novas gerações para que tornem-se adultos conscientes de suas responsabilidades sociais e para que aprendam cuidar melhor do nosso planeta.
 Mesmo com altos e baixos, no geral, gostei da visita. Acho que é uma boa opção de lazer para toda a família, com muita cultura, informação, inspirações ecológicas e ambientais, fugindo um pouco dos habituais roteiros praianos. 

Porém, ainda não sei avaliar até que ponto é válido visitar uma "vitrine viva" quando observar a natureza no ambiente selvagem é uma experiência muito mais bela...